15 de jun. de 2011

Minha relação com a balança

Aqui, vou falar um pouco da minha relação com a balança...
Tive fases de estar "de bem" e "de mal" com a balança, seja por qual motivo fosse. Recordo-me que quando bem pequena, meu pai reclamava que eu não comia, era magra demais.



Está no ar o blog mais aguardado de todos os tempos!!!
O Surto da Vez
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Apesar disso, era muito elogiada e, aos 7 anos, ganhei o título de Miss Piscina no clube onde fazia jazz e natação (minha mãe adora contar que, dentre as candidatas, havia meninas com 12 anos de idade e nem este fato tirou a coroa da rainha dela! hahaha).
Ainda quando criança, comecei a engordar. TODOS me chamavam de gorda dia e noite.Era um verdadeiro martírio! E eu não tinha nem 10 anos! Certamente foi aí que se instalaram vários traumas.
Durante a infância, fiz ballet, jazz e natação. Aos 12, diante de tantas esculhambações e incentivada por coleguinhas da escola, me matriculei numa academia. Comecei, então, a fazer ginástica localizada. Depois de algum tempo, já estava na musculação e no jazz. Os quilos "adiposos" se foram e eu, que já dançava pela academia, voltei a ter um corpo que chamava a atenção por onde passava, como quando criança. Acontece que, junto com a massa magra, veio também a compulsão pelos exercícios. Minha mãe me proibia de ir para a academia e eu ia escondida. Malhava no mínimo 3 horas por dia, chegando a me exercitar por até 5 horas seguidas. Eu, que já tinha abandonado o ballet porque detestava acordar aos sábados bem cedo para ensaiar, levantava alegre para ir à academia justamente nos finais de semana (até hoje meu corpo sabe que é sábado e se recusa a sair da cama). Ah, e se não fosse? E faltasse um dia sequer, coitado de quem estivesse pela frente, era alvejado com o meu mau humor, na certa!
Obviamente, os comentários da família foram para o outro extremo: "malha demais!", "está magra demais!". Aos 15 anos, cheguei a comprar um short com numeração infantil e meu pai dizia que "se fosse um homem, não iria me querer, pois homem não gosta de osso" e falava que me levaria para rodízios de carnes semanalmente, pois eu estava magra demais. Eu não achava... 1,60m e +- 50kg. Ainda tinha uma gordurinha na barriga (a gordura embaixo do umbigo, a "lombada") para perder.
Saí da academia porque troquei o turno das aulas e voltei para o ballet. Além disso, caminhava bastante, percorrendo longas distâncias ao invés de ir de carro ou ônibus.
Quando passei no vestibular, me matriculei na 2º entrada. Resultado??? 6 meses em casa, sem nada fazer, só comendo e bebendo (ah, finais de semana na praia!!!). Confesso, em torno dos 15 anos encarei uma fase de quase anorexia, mas eu gosto de comer, gosto meeeeesmo! Na metade do segundo semestre, já não estava mais no ballet. E, na faculdade, com vários quilos a mais, a alegria de comer só aumentava. 
Em várias ocasiões, lanchava duas ou três vezes e em casa eram dois pratões fundos no almoço.
Por conta das neuroses já instaladas, adquiri certos hábitos que, acredito, me impedem de engordar o que deveria realmente. ODEIO açúcar, gosto de tudo light, diet, não tem quem me faça tomar algo adoçado, a não ser que seja no máximo com adoçante. ODEIO gordurinhas (como alguém pode enfiar a gordura pura goela abaixo???), já não como mais carne vermelha desde os 17 anos (e, se comer, passo mal, muito mal), leite inegral, por exemplo, não entra de forma alguma! Refrigerante? Só sem calorias! Não suporto refrigerante "normal". Pão só sem miolo e frango, só o peito e assado. Enfim... Certos hábitos que não me deixaram, até hoje, entrar para a estatística da obesidade.
Ainda na faculdade, uma depressão me fez emagrecer os quilos conquistados nas farras gastronômicas. Mas, como tudo que é bom dura pouco, logo recuperei alguns.
E o engorda e emagrece continuou até que vi com aproximadamente 70kg, em 2006. Quando a ficha caiu, decidi fazer algo. E aí, conheci a "dieta" que considero a “mais mais”: a Dieta dos Pontos.

 Comia de tudo, comia muito e bem, e emagrecia a olhos vistos. Em poucos meses, do manequim 40 - 42, passei para o 38 (tudo bem que usei 34- 36, mas já era um ótimo começo).


Mas... como o que é bom... Alguns herbalóides cruzaram o meu caminho e me conquistaram com o papinho do shake. Uma pena, pois é o tipo de regime (sim, isso é regime, pois a Dieta dos Pontos é reeducação alimentar, é o que funciona e você não recupera o peso que elimina) que preguiçoso adota. Sim, preguiçoso e comilão. É um caminho relativamente fácil, basta tomar uns copinhos de shake aqui e ali e você seca. Mas esse povo, que prega o emagrecimento, só se reúne para comer. Incrível!!! Aí você perde o controle, pois pensa: "ah, amanhã tomo um shake". Além do mais, sejamos sinceros, o tal diário alimentar é um saco (até você se habituar, se animar com o emagrecimento e fazer questão de manter o diário)!
Daí a engordar de novo foi um pulo! Mas era difícil engordar o que havia emagrecido com a Dieta dos Pontos. Logo, emagrecia novamente.

Alguns meses antes de engravidar, casei e, no meu caso, encontrei companhia para farras gastronômicas. Resultado: antes mesmo de engravidar, as pessoas perguntavam para quando era o bebê. Eu sabia que havia engordado um bocado e por isso não estava nem um pouquinho a fim de subir na balança. Por isso, não sei ao certo quantos quilos engordei na gravidez. Última vez que havia me pesado estava em torno dos 64kg e alguma coisa, então considero este o referencial (estou sendo bem otimista, pois com certeza estava pesando mais).
Como mencionei no post anterior, tomando esse referencial, engordei 9,8kg até o momento (35 semanas). Bem, agora, está decidido: nada mais de fotos nos meus álbuns representando épocas da vaca gorda e da vaca magra! Está mais do que na hora de fazer as pazes com a balança!!!

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